História

por Programa Interlegis — última modificação 05/12/2014 13h50
Origem de São João

HISTÓRIA
São João tem sua origem ligada à fertilidade de suas terras e à madeira em abundância, pois estes foram os motivos que fizeram com que, por volta de 1920, as famílias Marcondes, Félix e Vieira dos Santos, vindas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, se instalassem por aqui. Longe da cidade, as famílias pioneiras da localidade que, mais tarde, viria a ser o município de São João, viviam da caça e da criação de suínos, que eram trocados por ferramentas e mantimentos.
No ano de 1925 os pioneiros deram inicio à construção da estrada até Chopinzinho, e, em 1936, foi erguida a primeira capela, com missa realizada pelo Frei Timóteo de Palmas. De forte tradição religiosa, a cidade possui em São João Batista seu santo padroeiro.
Com o crescimento do povoado, em 1954 a localidade passou a ser distrito do Município de Mangueirinha. No ano seguinte, com a emancipação política de Chopinzinho, passou a pertencer a este, como distrito. Em 25 de julho de 1960, pela lei nº- 4.245, alcançou a emancipação político-administrativa.
De acordo com a Contagem Populacional do IBGE, a estimativa da população para 2009 é de 11.198 habitantes. Atualmente, a cidade possui sua economia baseada na agricultura e pecuária, sendo berço de importantes instituições e empresas deste setor. Dentre outras, destacam-se a Cooperativa Agroindustrial COASUL e a SICREDI Iguaçu, com sedes no Município. Para o próximo ano, entrará em funcionamento o Frigorífico de Aves da COASUL, um dos mais modernos da América Latina.
São João destaca-se no cenário regional pela hospitalidade de sua gente e por ser sede da maior festa de São João do Paraná, onde, a cada ano, é acesa a maior fogueira de São João do Brasil.
OS PIONEIROS
Foram pioneiras, em meados de 1920, as famílias de João Maria Vieira dos Santos, Francisco Felix, Fabrício Marcondes e Joaquim Vieira. Na época tudo era mato e havia todas as espécies de animais selvagens. João Maria foi o terceiro homem a chegar e os mais antigos contam que, praticamente, metade das terras pertencia a ele. Com o tempo foram chegando outras famílias e as terras foram sendo divididas. As casas eram construídas com madeira lascada (como diziam: as tábuas e o telhado de tabuinha eram feitas “no muque”).

João Maria Vieira dos Santos e Joaquim Vieira: primeiros habitantes de São João

A PRIMEIRA ESTRADA
Em 1925, João Maria Vieira dos Santos organizou um grupo de 12 homens e construíram a primeira estrada até Chopinzinho, numa extensão de 22 Km, usando para isso apenas, bois, arados, patrolas de tabuas com tração animal, picaretas e muita força braçal. Levaram 6 (seis) meses para a conclusão da obra, que marcou o início do progresso de São João.

São João na década de 60, ainda sem calçamento.

 

A PRIMEIRA CAPELA

Aos poucos a população foi crescendo. Construíram, então uma pequena capela em 1936, também de madeira lascada. Para atender a capela, Frei Timóteo saia da paróquia de Palmas percorrendo um trecho de 150 Km a cavalo de 3 em 3 meses.
POR QUE O NOME SÃO JOÃO
A origem do nome São João, aconteceu devido ao Santo São João Batista, que ficava no altar da Igreja Católica, construída em 1949. Na época, São João era e é o atual Padroeiro da comunidade católica.
PRIMEIRO VIGÁRIO E A ELEVAÇÃO DA PARÓQUIA
Em 20 de dezembro de 1958, Chegou em São João, o primeiro vigário Monsenhor Raymundo Lulus Francener. Em 1959 a capela foi elevada a categoria de Paróquia.
Anos depois Monsenhor Raymundo deu início a construção da nova igreja e do salão paroquial, o qual leva seu nome (in memorian).
AS PRIMEIRAS EMPRESAS
Em 1950 surgiu a primeira serraria, comandada por Osvaldo Vicente Hartmann. Surgiu também o primeiro hotel do Cello Shneider, a primeira sapataria do Cesário Pinto, o primeiro bar, de propriedade de Valter Shuller, a primeira farmácia do João de Deus Batista, a primeira ferraria do Eduardo Kuhn e o primeiro automóvel Dodge 48 de Antonio Marodin.

Primeira casa de comércio em 1950, do Francisco Augustin.

Ernesto Pelin: Primeiro ourives e relojoeira.

Elmo Rezzardi em sua marcenaria.


O COMÉRCIO
O comércio na época consistia em troca e venda dos produtos crioulos, especialmente suínos que eram levados a pé para Guarapuava e Palmas. Os animais eram valorizados pela medida do diâmetro da barriga. Na volta traziam os mantimentos necessários para a sobrevivência.
O ENSINO
Em matéria de ensino, havia também muita pobreza na época. De início a escola era particular e o primeiro professor era João Alves de Oliveira que contava com 40 alunos. Com o tempo foram surgindo as escolinhas onde lecionavam as professoras Nair Caitano Cardoso, Albina Batista, Leda de Oliveira e o professor Silvério Schmidt. A primeira escola funcionava no triângulo da Rua XV de Novembro.